terça-feira, 30 de outubro de 2012

Hotel Unique, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, que se destaca pela forma e pela utilização de cobre na fachada


Hotel Unique, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, que se destaca pela forma e pela utilização de cobre na fachada

O cobre tem se destacado como uma solução arquitetônica principalmente em projetos considerados de padrão mais elevado. Apesar de ter custo mais alto do que outros tipos de materiais, como alvenaria, os executivos que atuam no setor acreditam na expansão desse mercado, não apenas por razões estéticas - determinante em muitos casos - mas também por conta da sua durabilidade, o que reduz gastos de manutenção no longo prazo.

Ataíde Xavier, responsável técnico da empresa Coopermax, especializada na fabricação e instalação de painéis arquitetônicos para revestimento de fachadas e coberturas, ressalta que o cobre tem inúmeras vantagens em relação a outros produtos que podem compensar o investimento. "O nível de desperdício numa obra que utiliza o cobre é muito baixo", diz.

Ele ressalta que, por conta da durabilidade, os gastos com a manutenção são bem menores do que a alvenaria, por exemplo. "Além disso, o cobre é totalmente reciclável", ressalta o executivo da Coopermax, que atuou em construções como o Hotel Unique, em São Paulo, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake e considerado um marco arquitetônico pelos especialistas. O cobre foi usado na fachada do hotel.

Outra vantagem do uso de painéis de cobre, segundo ele, é no momento de manutenção e reforma, com um impacto bem menor do que numa construção com materiais mais tradicionais, que exigiriam uma pintura nova, por exemplo. "Por isso, o uso de painéis de cobre tem sido adotado em muitos hospitais", destaca o responsável técnico da Coopermax, que participou do projeto do Hospital Pró-Criança, do Rio de Janeiro.

O arquiteto Rafael Setha Coelho, da N. Didini, empresa de revestimentos metálicos, também destaca as qualidades inerentes ao cobre que fizeram a empresa adotar o metal em diversas obras. "O cobre foi escolhido devido à sua maleabilidade, que permite curvaturas (como em cúpulas), pela sua estanqueidade (o sistema adotado de fixação das telhas precisa acompanhar a vida útil do metal), pelo seu aspecto único (sendo ele natural, envernizado ou patinado) e principalmente pela durabilidade", afirma.

A N. Didini fez parte da construção do Fórum de Recife, da Embaixada da Argentina em Brasília, da cúpula do Planetário da Cidade da Criança, no Rio de Janeiro, e do WTC, em São Paulo, entre outros projetos que usaram o cobre como material. Mas a empresa acabou ampliando sua expertise no uso do material na restauração da Catedral da Sé, na capital paulista, já que teve que desenvolver um processo especial - que foi patenteado - de patina do cobre, de maneira que todas as torres da edificação ficassem com a mesma coloração, atendendo às exigências do Patrimônio Histórico. A empresa também executou todas as cúpulas de cobre da Basílica Nacional de Aparecida, no interior paulista.

O cobre tem sido utilizado amplamente em coberturas de edifícios de alto padrão, principalmente por questões estéticas, destaca o arquiteto Itamar Berezin, de São Paulo, que tem diversas obras com esse material em seu portfólio de projetos. "É um produto sofisticado e caro e, por isso, foi utilizado em edifícios de alto padrão", afirma.

As propriedades antibactericidas do cobre também estimulam o seu uso, como na instalação de lâminas de cobre nos guichês e corrimões de acesso ao estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Foram instalados 100 metros de corrimões com revestimento em lâminas de cobre. (PF)

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